– uma história repleta de dificuldades –
Inicia-se o ano letivo de 2010 na Escola Estadual Ferreira Itajubá, situada na cidade de Natal (capital do estado do Rio Grande do Norte), no bairro de Neópolis. No entanto, a idéia não era apenas fundar mais uma entidade estudantil com finalidades festivas e doutrinárias esquerdistas como é corriqueiro, ao contrário, pois ali rondava um espectro da escola austríaca de economia, apresentadas por mim, o então professor de história e filosofia do turno vespertino do ensino médio, um liberal em decadência (como todos que se situam sob essa esfera de influência no Brasil).
A história de perseguição tem início quando os alunos se mobilizam para formar o Conselho de Representantes de Turma (órgão que deve ser fomentado por iniciativa própria dos alunos e formado com bases em um estatuto elaborado por eles, como o foi) e que sofreu uma séria resistência por parte da então equipe técnica pedagógica da escola. Mas mesmo assim o Conselho de Representantes de Turma, que impulsionaria a formação do grêmio estudantil surgiu e sempre os defendi, pois sua legitimidade era inquestionável, em opinião individual. Esses representantes de turma, por turno, elaboraram com o auxilio de alguns poucos estudantes liberais um estatuto para o que veria ser o Grêmio Estudantil Ludwig Von Mises, nome sugerido por quem redige o presente texto.
O estatuto do Grêmio Mises da Escola Estadual Ferreira Itajubá não apenas abrange regulamentos que defendam as liberdades individuais e civis, mas também a livre iniciativa e o respeito à moralidade e o anticomunismo, por isso, não podemos caracterizá-lo como apenas liberal, contudo, também como conservador, por isso considero esse estatuto brilhante e sua elaboração foi quase integralmente realizada por Luis Diego Vilela Guanabara, o então vencedor das eleições para a presidência do Grêmio Mises.
Contudo, a história da fundação não se resume em atos de democracia e livre iniciativa dos estudantes da referida escola, ao contrário, a primeira manifestação pública e legítima defendida pela direção do Grêmio Estudantil Ludwig Von Mises foi a favor da eleição democrática para a Direção da escola em contraposição a intervenção exercida em caráter autoritário realizada na época pela Secretaria de Educação e Desportos do estado do Rio Grande do Norte, – os estudantes levaram a imprensa, recorreram aos órgãos internos da Secretária de Educação e Desportos do estado e nada de substancial foi feio em favor da causa deles, o direito de escolher a Direção da própria escola.
Como sempre faço e divulgo, sem medo algum, pois detenho ao meu lado Fé no altíssimo e a força da verdade (da realidade) no meu cérebro e sei que meus alunos, aqueles que passaram por minhas aulas e prestaram atenção nas minhas lições serão atendidos por todos os homens de caráter e por aqueles que defendem a liberdade em todos os aspectos da vida social, e saibam esses (meus ex-alunos) que eu os admiro e creio na capacidade de cada um, por isso, continuem lutando para expandir esse espectro de liberdade tão saudável que Ludwig Von Mises nos deixou como herança e façam bom juízo ao nome da entidade que lhes pertencem, – um grande e forte abraço a todos, pois esse texto é uma homenagem aqueles que acreditam nesses ideais tão nobres.